sábado, 15 de dezembro de 2012

Etiqueta no Dojo


Sempai comanda o cumprimento:
1º – Yoi! (preparar)… Mokuso!
2º – Yame… Shomen ni, rei (saudação ao fundador)
*após o cumprimento, o Shihan ou na ausência dele, o Sensei da classe, vira-se para os demais;
3º – Sensei ni, rei! (saudação ao professor) e
4º – Otogai ni, rei (saudação aos alunos).
Antes de mais nada, vamos esclarecer que a reverência e outras formas de etiqueta nas artes marciais não indicam subserviência. Elas indicam respeito, o que é completamente diferente. As formas de atitude educada no dojo têm um significado que vai além do conhecimento da raiz Japonesa destas artes.
Naturalmente, é das raízes Japonesas que deriva a etiqueta das artes marciais. Os homens e mulheres que apresentaram o Budo ao ocidente também trouxeram os métodos de ensino que receberam de seus instrutores.
Não há nada de errado em se fazer uma reverência ao seu instrutor simplesmente para dizer “agradeço”. Ele trabalhou duro por muitos anos para atingir o nível de habilidade que agora pode ser passado para você. Este esforço deve ser respeitado, pois devido ao fato de ele ter se esforçado, você pode aprender com mais facilidade. As reverências e outras formas de educação demonstram ao professor e a você seu respeito pelo esforço, e que por isso você dará tudo de si para aprender o que puder.
Uma das razões para se treinar artes marciais é “perder o ego”. Você não pode fazer uma reverência sem sentir que, de alguma maneira, você está se submetendo à outra pessoa, assim você tem a oportunidade de diminuir seu ego. Neste caso, a reverência é um choque em um nível fundamental contra a idéia de se ver como uma entidade “diferenciada”. Este choque é ainda maior em uma sociedade que não reverencia nada. Quanto maior o choque contra a idéia do “eu diferenciado”, mais aberta a pessoa estará às novas idéias e maior a chance de se aprender algo.
Ao entrar ou sair de uma sala ou da área de prática, você pára, junta os pés e faz uma reverência em direção ao local da prática. Isso é freqüentemente descrito como uma prece ao dojo aonde você vai praticar bem e com energia. Se você não deseja fazer uma prece a uma estrutura de madeira ou cimento, faça uma pequena meditação para si mesmo. Você deixa o mundo exterior agitado e confuso e entra no mundo profundamente concentrado do dojo. Este é o primeiro passo, e é seguido por uma série de ações que lembram a você, em um nível subconsciente, que o que está fora deve ser deixado do lado de fora.

Reverência ao Shomen
Esta é uma reverência feita no início e no final de cada aula, dirigida ao ponto mais alto da sala, ou talvez em direção a uma fotografia, um texto, ou em direção a um santuário Xintoísta. A reverência é outro passo de transição do mundo exterior para o dojo. Também é um momento em que o aluno pode refletir sobre a história de sua arte, pois é aí que se expressa a gratidão ao fundador e aos mestres anteriores da arte. A reverência ao Shomen também serve para lembrar aonde ele fica, e isso é importante para a forma como você vai se movimentar no dojo.
Reverência ao Sensei
No início e no fim da aula, os alunos têm a chance de fazer uma reverência formal ao instrutor. Isso deve ser feito cuidadosamente e com completa atenção, pois é sua chance de demonstrar sua gratidão pela paciência e pela habilidade do Sensei. Isso demonstra seu desejo de aprender e seu pedido para receber suas instruções.
Diversas vezes durante a aula você terá a chance de agradecer ao instrutor pelo aconselhamento ou pela correção. Ao fazer esta reverência com completa concentração, certamente você estará atento ao que está sendo dito. É muito fácil simplesmente não prestar muita a tenção e dizer “obrigado”, voltando a praticar de forma errada.
Reverência ao parceiro
Se você tem a oportunidade de trabalhar com um parceiro, vocês farão uma reverência um para o outro. Novamente, faça-a com cuidado e com total atenção. Você estará dizendo ao seu parceiro, “por favor, pratique comigo” e “agradeço por sua cooperação”. Uma reverência descuidada levará a uma prática descuidada, o que pode ser um risco de acidentes se um aluno faz uma reverência enquanto o outro ataca.
Sempre se lembre que os alunos mais antigos e os instrutores podem dizer muito sobre a sua atitude pela forma como você observa a etiqueta do dojo.
Sapatos
Sapatos ou chinelos devem ser usados ao se caminhar para a área de prática, para se evitar alguma infecção, que poderia ser passada para seus colegas. Estes sapatos devem ser retirados ao entrar na área de prática e devem ser alinhados corretamente, apontando para fora do dojo. Eles devem ficar alinhados e fora do caminho para evitar que alguém tropece na sua bagunça. Eles devem estar alinhados e prontos para serem calçados para evitar confusões no final da aula e agilizar sua saída.
Forma de Andar
Todos os movimentos no dojo devem ser feitos com completa atenção e controle, todo o tempo. É considerado rude balançar os braços ou ficar girando a cabeça, ou ficar olhando para tudo exceto para o que você deveria estar observando. Olhe para onde você está indo todo o tempo e você estará em segurança, bem como estará sendo educado.
Caminhar de forma educada e polida significa ser capaz de parar sem cair em qualquer ponto, estando com seu corpo sob controle. Se você vai passar por seus colegas que estão praticando, espere até que eles terminem, não os interrompa. Esta é uma regra de segurança também. Se você está passando por uma fila de alunos sentados, ande por trás deles, não na frente, entre eles e o instrutor. Isso impediria a visão deles e você se exporia a um ataque. Na verdade, você os estaria provocando, para que eles o ataquem. Isso demonstra que você não está prestando atenção. Se você precisar passar na frente deles, estenda a mão direita e faça uma leve reverência para frente para se desculpar por estar lhes bloqueando a visão. Isso colocará sua mão ao alcance da visão deles antes que vejam seu corpo, assim eles terão a chance de evitar qualquer ato potencialmente perigoso.
Ao ficar de pé
Quando você está de pé, é uma falta de educação se encostar na parede, ou colocar as mãos nos bolsos, cruzar as pernas ou ficar de forma desmazelada. Todas estas proibições vão evitar que você se mova para uma posição que o exponha a um ataque ou a um ferimento. Seria uma paranóia acreditar que alguém vai se esgueirar por trás de você e atacá-lo, mesmo durante uma aula de arte marcial. Mas não é paranóico imaginar que alguém pode cair em cima de você, vindo por trás. Ao estar de pé de forma correta, você estará na melhor posição para evitar um perigo.

Estilos de karatê


WADORYU
O estilo Wado-Ryu (Estilo do caminho da paz), foi criado pelo Mestre Hironori Otsuka e se difere dos demais estilos por usar o mínimo de esforço. É baseado em princípios físicos e fisiológicos, utilizando esquivas, bases mais altas e nomenclatura própria e original desde a sua criação e técnicas peculiares do próprio estilo.
SHITORYU
O estilo Shito-Ryu criado por Kenwa Mabuni é caracterizado por uma grande riqueza de formas (katas) e é uma fusão das características Naha-te e Shuri-te. A palavra Shito vem dos caracteres japoneses que escrevia o nome de seus professores “Shi” representa o primeiro kanji do nome de Itosu e “To” representa o primeiro Kanji do nome de Higaona, enquanto “ryu” significa escola ou estilo.
SHOTOKAN
Fundado pelo Mestre Gichin Funakoshi , Shotokan, significa “Academia de Shoto”. Shoto em japonês significa Pinheiro – pseudônimo artístico que o mestre Funakoshi assinava seus poemas. O estilo Shotokan é ideal para longa distância, por ser uma técnica longa e ao mesmo tempo rápida.
GOJURYU
O estilo Goju-Ryu, cujo nome advém de Go ( força ) , Ju ( flexibilidade ) foi fundado pelo Mestre Chojum Miyagi. É uma técnica que prima pelo Bloqueio para dar mais rapidez ao ataque. É uma técnica penosa, dura e verdadeira. Nessa escola caracteriza-se uma respiração “Kokyu” abdominal sonora.
SHORIN-RYU
Seus preceitos incluem respeito, cortesia, paz, fraternidade, dedicação, harmonia, justiça, união, humildade, paciência, otimismo, bom-senso, prudência, controle da violência e disciplina.
Efeitos imediatos são elasticidade, reflexo,auto-confiança, controle do stress, bem-estar, sensibilidade, percepção, intuição, criatividade e segurança pessoal.
Os treinamentos incluem preparo físico-mental-espiritual-emocional-social, defesa-pessoal, armas antigas e meditação com aulas criteriosas para todos níveis e idades, masculino e feminino, sem contato total, uma infinidade de técnicas de mão, dedos, pulso, cotovelo e braços, pés, joelho e pernas, cabeça, quedas, torções e imobilizações, com orientação educacional legal e comportamental.
O estilo Shorin de Karatê nasceu na Ilha de Okinawa (na época território independente – hoje um Estado do Japão). Antigamente denominava-se Shuri-Te. Antes de ser denominado Shuri-Te, era conhecido como Okinawa-Te; antes disto como Ti, Te, ou To-De (prática nativa local).
A linhagem original do Shorin inicia-se com Choshin Chibana, seguido por Katsuya Miyahira, e Yoshihide Shinzato, todos 10° Dan.
OS TRÊS MAIORES ESTILOS DO KARATÊ
Karatê é unitário, não se divide na sua essência, porém da variedade de formas de treinamento e postura, provenientes de variadas influências de regiões ou até outro povos, surgiram os vários estilos.
Exemplificando, diremos que toda árvore tem um tronco, esse seria a essência. Deste partem os galhos em tamanhos variados, adquirindo suas próprias formas. Assim, também, é o Karatê. Possui um tronco único que é a própria arte marcial e os vários galhos, que poderemos dizer, simbolizam os estilos.
Estilo é na verdade o método usado por cada um dos antigos mestres dentro das suas próprias características e concepções.
Atualmente, existem vários estilos: SHOTOKAN, SHITO-RYU, WADO-RYU, GOJU-RYU, SHORIN-RYU, KIOKUSHINKAI e outros. Destes o mais praticado e difundido no Brasil é o SHOTOKAN.
Estes são os estilos mais conhecidos universalmente e embora outros venham sendo difundidos em menor escala, ainda não possuem o necessário “status” para fazerem-se representar em competições de grande porte.
A grande diferença entre os vários estilo se evidencia quando da execução dos Kata. Enquanto alguns apresentam movimentos longos outros o fazem em formas curtas demonstrando diferenças posturais. Entretanto, as lutas são bastante parecidas, vez que as próprias competições federativas, através de suas regras únicas, provocam esta aproximação entre os estilos.
Os três principais estilos e as mais fortes correntes atualmente existentes.
Como se vê por esse breve histórico, várias escolas de karate surgiram. Muitas bem sucedidas e que carregam vários adeptos através dos anos, mantendo os ensinamentos originais de seus fundadores. Cada escola marcial, que se tornava forte, tinha suas próprias características tornando-se uma arte em si.
Além disso, a partir do estilo especial de treinar karate criado em Okinawa, linhas também especiais surgiram, como o Goju-Ryu, Shito-Ryu e Shotokan.
Esses se destacam como os principais estilos (mantém-se até hoje, no mundo todo). Cada estilo possuía dezenas de adeptos.
Entre todos eles, alguns se sobressaiam e chegaram a desenvolver a arte marcial a um nível nunca atingido anteriormente. Dessa forma, o destaque e reconhecimento era inevitável. Muitos alunos e seguidores consideravam seus conhecimentos como um livro sagrado, na tentativa de perpetuar seus ideais.
Porém essa perpetuação não ocorreu de forma ilesa, isso, por permitir um grande número de adeptos, que se espalhavam pelo mundo todo, e que acabaram por criar diferentes correntes.

Kata



Kata Sochin
Parece certo que a maioria dos kata teve origem na China e migraram para Okinawa juntamente com as delegações chinesas que representavam o governo chinês na ilha uma vez que a cultura Chinesa sempre foi muito fértil ao lidar com a transmissão de sistemas de combate através de sequências de movimentos predeterminados que deveriam ser repetidos para desenvolvimento das qualidades físicas para domínio de determinada técnica de luta ou técnica de respiração…
Os Kata, assim, representam o que o livro representa para a cultura de um modo geral: um marco, um ponto de consulta em torno do qual a habilidade se desenvolve, mas que não tem sentido em si mesmo e foram criados para conter as técnicas de combate de um determinado Mestre ou grupo de Mestres de determinada escola.
Todos os praticantes de karate-do sentem-se diante dos kata como um aluno que sabe ler diante de uma biblioteca, se o que o move é a busca do aperfeiçoamento, ele tem a sede de procurar aprender aquelas técnicas novas.
É, junto com as graduações e a hierarquia, outro ponto importante na presença da tradição japonesa dentro do Karatê, pois o ocidental é avesso ao pensamento das formas estanques, preferindo regras gerais a sistemas fechados aos quais se rebela pela sua própria formação cientificista, não concebendo no que a repetição de uma sequência de movimentos poderia ter mais efeito que um trabalho específico de musculação e condicionamento por exemplo.
Mas os Mestres que inventaram os kata cultivavam o físico também e eram exímios ginastas, e, ao codificar os kata estavam ensinando que sabiam que a ginástica pura e simples não consegue motivar ninguém por muito tempo.
Os diferentes kata definem os estilos de Karatê, sendo que cada um deles tem os seus, embora, no dizer do Mestre Funakoshi na sua biografia, muitos estilos existem só porque um determinado professor não tinha habilidade para executar um kata de um modo e entendia que deveria ser de outro modo (que ele conseguia…) só reconhecendo 4 estilos principais (nem o seu ele reconhecia, por sabê-lo ter sido criado a partir de uma mescla de outros).
Os Kata são meio importante de se definir o nível de um praticante de Karate-do, pois se define o karateca por treinar os kata regularmente, se define o nível que se encontra pela habilidade que demonstre no treinamento de kata específicos de acordo com sua graduação.
Os vários Mestres não são unânimes a este respeito sobre quais kata pertenceriam a cada nível, mas o certo é que existem estas gradações e cada escola pode refletir e criar seu próprio pensamento neste sentido.
Os seguintes elementos devem ser verificados na prática do kata:
1- Conhecimento sobre o kata, sua história e objetivos;
2- A sequencia correta de movimentos e as aplicações possíveis de cada movimento;
3- A correta aplicação da força muscular (KIME);
4- A correta respiração (IBUKI);
5- O ritmo adequado dos movimentos;
6- A aplicação correta do KIAI;
7- A firmeza nas bases;
8- A reserva de espírito (ZANCHIN).
  1. Sequência
Quando dizemos sequência, nos referimos à memorização dos movimentos do Kata; sua direções, a utilização das formas corretamente, chutes e socos, etc. Isso requer um grande trabalho de memorização, para que seu corpo repita o movimento sem ter que pensar antes.
  1. Respiração
Respiração correta é extremamente importante. Sem ela, o aluno ficará cansado e seus movimentos serão mais lentos e com menos força, após um certo tempo. A respiração correta, além de aumentar a força e a velocidade, ajuda na concentração do corpo e da mente.
  1. Combinações e tempo
Combinação refere-se a um grupo de movimentos no Kata. Com a combinação, o Kata deixa de ser uma monótona sequência de movimentos, para uma série de movimentos, representando diferentes situações de luta. Tempo, separa as diferentes combinações, com pausas e diferentes velocidades. São esses dois itens que dão vida ao Kata.
  1. Forma e significado
O item “forma” significa aplicar posições perfeitas em todo o Kata. Posições correta das mãos é necessário para a execução perfeita das defesas, chutes e socos. O corpo também necessita estar perpendicular ao chão, com os ombros relaxados, e expressão alerta.
Para termos a forma correta, é preciso estar sempre sendo corrigido, pelos outros e por si próprio. Significado: quando estiver praticando Kata, o aluno precisa saber para que serve cada movimento, e aplicá-lo com convicção.
  1. Olhos
Há dois significados para esse aspecto. Primeiro, no Kata, deve-se olhar para só depois se mover. Se isso não é feito, o movimento é executado mecanicamente. Na teoria, se alguém não olha, como pode saber em que direção se mover, e que golpe aplicar?
O outro, significa que o praticante deve ter “olhos de tigre”, um olhar que “pode matar”. Esse aspecto é muito importante para o Kata, pois um olhar forte, significa grande concentração. Sem esse elemento, o Kata torna-se morto. Olhar forte, pode afetar psicologicamente o oponente.

Importante destacar que não é a quantidade de kata que se sabe que define o verdadeiro karateca, mas o quanto se domina cada um deles. Não faço apologia da ignorância e aconselho que se conheça a sequência do máximo de kata possível, mas que, ao mesmo tempo, se treine intensamente todos os dias cada um deles que for possível de modo a ter sempre progresso.
Muitos alunos entendem que devem aprender sempre algo novo e se admiramos esta postura, entendemos que é perigosa se o entendimento do aluno for apenas a busca de novidade para se motivar, pois há cerca de 53 kata só (os demais são variações deles); mas pode ser proveitosa se for instrumentação pessoal para o crescimento organizado depois…
Há professores que querem controlar todo o aprendizado de seus alunos neste sentido e outros que os deixam mais livres neste sentido, independente disto o importante é estar treinando porque o Karatê não é um esporte teórico que se deve entender, mas prático e se deve principalmente fazer.
Sobre quando treinar um kata é importante destacar que a execução de um kata amadurece com o tempo, porque é só depois que as dificuldades técnicas foram superadas é que a mente consegue espelhar o chamado espírito do kata e dar “vida” a ele, como no teatro que, só depois que se decorar a peça e que se pode trabalhar a interpretação propriamente dita.
No nosso entender, o karateca deve dar primazia ao estudo e prática dos kata. Deve aprender os tudimentos da luta sim, mas enfatizar o estudo e prática dos kata, pois, depois, quando for faixa preta, é o conhecimento dos kata que vão diferenciá-lo de professores de outras artes marciais e mesmo de outros professores de Karatê.
Bloqueio, soco, golpe e chute – as técnicas fundamentais do Karatê – são combinadas de uma maneira lógica nos kata, os exercícios formais. Desde os tempos antigos, os vários kata constituem o núcleo do Karatê, tendo sido desenvolvidos e aperfeiçoados pelos antigos mestres através do treinamento e da experiência.
Os kata, cerca de cinquenta dos quais chegaram até os dias de hoje, podem ser divididos a grosso modo em dois grupos. De um lado, estão os que são aparentemente simples, mas também exibem grandeza, compostura e dignidade. Através da prática desse tipo de kata, o karateka pode desenvolver seu físico, fortalecendo seus ossos e forjar músculos vigoroso.
O outro grupo é sugerido pelo vôo da andorinha e é apropriado para a aquisição de reflexos rápidos e movimentos ágeis.
A execução de cada kata, isto é, os movimentos de pernas, faz-se acompanhada de uma predeterminada linha de atuação (embusen). Apesar de a pessoa praticar sem um adversário visível, ela deve ter em mente a presença de inimigos vindos das quatro direções – ou das oito direções – e a possibilidade de mudar a linha de atuação.
Como os kata contem todos os elementos essenciais para se exercitar todo o corpo, eles são ideais para esse propósito. Praticando sozinho ou em grupo, qualquer um pode seguir este Caminho, de acordo com o seu nível de capacitação e independentemente da idade.
É através desses exercícios formais que o karateka pode aprender a arte da autodefesa, possibilitando-lhe enfrentar uma situação perigosa com naturalidade e desembaraço. Mas o grau de habilidade é o fator determinante.
As características dos kata são:
  1. Para cada kata, o numero de movimentos é fixado (vinte, quarenta, etc.). Eles tem de ser executados na ordem correta.
  2. O primeiro movimento e o último movimento do kata tem de ser executados no mesmo ponto da linha de atuação. A linha de atuação tem formas variadas, dependendo do kata, como linha reta, na forma da letra T, da letra I, na forma de um asterisco(*) e assim por diante.
  3. Há kata que precisam ser aprendidos e outros que são opcionais. Os primeiros são os cinco kata HEIAN e os três kata TEKKI. Os últimos são: BASSAI, KANKU, EMPI, HANGETSU, JITTE, GANKAKU E JION. Os outros kata são: MEIKYO, CHINTE, NIJUSHIHO, GOJUSHIHO, SOCHIN, JIIN, UNSO, WANKAN.
  • Para executar dinamicamente um kata, três regras devem ser lembradas e observadas:
  • O uso correto da força;
  • A velocidade do movimento, rápido ou lento;
  • A expansão e contração do corpo.
  • A beleza, a força e o ritmo do kata dependem desses três fatores.
  • No inicio e término do kata, a pessoa faz uma inclinação. Isso faz parte do kata. Ao fazer sucessivos exercícios de kata, inclina-se no começo e ao terminar o último kata.

Karatê para Mulheres

O desejo de queimar calorias e perder peso faz parte da maioria das pessoas, principalmente das mulheres que se preocupam com a boa forma do corpo. Então, que tal começar a fazer karatê? Isso mesmo, além de aprender a se defender você pode queimar até 700 calorias por hora.
O propósito do karatê é fazer com que a mulher consiga equilibrar o corpo e a mente e que se mantenha sempre em uma postura segura. As aulas são bastante dinâmicas e, por esse motivo, além de todas as vantagens do treino de coordenação motora, há a queima de calorias e o fortalecimento e enrijecimento dos músculos.
As aulas de karatê são uma boa opção para as mulheres que estão cansadas das monótonas horas de musculação. Entre os benefícios já citados, o sexo feminino fica também mais confiante, aumentando assim a autoestima.
As variações do gasto calórico ocorrem em função do peso e massa corporal de cada praticante. Sendo assim, considerando o tipo de treinamento de karatê (kata, kihon ou kumite), uma mulher que pesa entre 55 a 60 quilos pode gastar em média entre 500 e 700 calorias por hora de aula.
Se praticado regularmente, no mínimo três vezes por semana, os resultados físicos e técnicos aparecem em aproximadamente dois meses de treinamento.

O karatê para as crianças


A prática do Karatê sob a orientação de instrutores plenamente identificados com a filosofia marcial, trará grandes benefícios para a criança.
BENEFÍCIOS MORAIS DA PRÁTICA DO KARATÊ
Disciplina
- Respeito
- Auto confiança
- Companheirismo
- Coragem
O estímulo à coragem para enfrentar obstáculos, é parte dos ensinamentos do Karatê.
A coragem nada mais é do que a energia moral que temos diante de situações difíceis ou de aflição.
BENEFÍCIOS FÍSICOS IMEDIATOS
1-MANUTENÇÃO DA SAÚDE E FORTALECIMENTO FÍSICO.É inegável a contribuição que a pratica física do Karatê proporciona aos praticantes, principalmente para a criança que está em fase de crescimento e desenvolvimento.
Correção da postura corporal e agilidade física é um dos primeiros benefícios que os pais percebem em seus filhos.
2-COORDENAÇÃO MOTORA.Executando os exercícios de Karatê conhecidos como KATAS e KIHONS, exercita-se de forma natural e progressiva toda a estrutura física necessária e fundamental, pois trabalha-se os membros superiores e inferiores, lados direito e esquerdo simultaneamente e consequentemente ativando o lado direito e esquerdo do cérebro.
3-RELAXAMENTO. Tendo em vista a ampla variedade de exercícios anaeróbicos e aeróbicos durante o treinamento, todo o sistema muscular é trabalhado em sincronia. Existe o trabalho de contração e descontração muscular ( Kime ), junto com o devido ritmo de trabalho em cada aula, o que proporciona uma sensação de relaxamento e bem estar ao seu final.